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Guimel Tamuz — O Início da Redenção NOVA YORK (EUA)
Uma compilação de excertos de discursos do O
Rebe, Melech HaMashiach, que viva para sempre, nos diz que a Gueulá já está
aqui, no sentido mais literal. Ele afirma que o evento que ocorreu em Yud Shevat,
5710, não acontecerá ao líder desta geração, pois o líder desta geração
foi claramente revelado como Melech HaMashiach, e certamente viverá para
sempre, de maneira física e tangível. Ele nos diz que a única coisa a fazer
é saudar Mashiach, abrir os nossos olhos e perceber a verdadeira realidade da
Gueulá. À
luz do que foi dito acima, então, podemos perguntar: O que é, então, Guimel
Tamuz? Nós ouvimos essa data chamar tanta atenção — certamente deve haver
algo extremamente profundo sobre ela. Como devemos reagir ao significado desse
dia, e como ele deve ser observado? E mais: o que exatamente ocorreu em Guimel
Tamuz? As Sichot a seguir, todas proferidas pelo Rebe, Melech HaMashiach, em farbrenguens de Guimel Tamuz de vários anos, tratam dessa questão. Como veremos dessas Sichot, Guimel Tamuz é na verdade muito profundo. É um dos dias mais grandiosos e sublimes, um dia associado com o “início da Gueulá”... Guimel
Tamuz — O Início da Gueulá Sichá de Guimel Tamuz, 5751 Guimel
Tamuz
é o dia no qual o meu sogro, o Rebe (Anterior), foi libertado da prisão (em
Leningrado, da famosa e infame penitenciária de “Shpolerke”), porém, sob a
condição de que ele fosse diretamente para o exílio, por três anos, para a
remota cidade de Kastrama. Naquele
momento, entretanto, ainda era desconhecido se esta nova situação provaria ser
positiva (já que o exílio, ainda que seja uma sentença mais leve que o
encarceramento, ainda assim é extremamente limitado, e sempre deixa uma brecha
para o governo mudar de idéia e decidir sobre uma punição mais severa, etc.). Porém, depois disso, no décimo segundo dia de Tamuz, ele foi notificado em Kastrama de que eles na verdade o libertariam, e que receberia um documento de emancipação no dia seguinte, no décimo terceiro dia. Então, quando ele foi enviado completamente livre, ficou claro e revelado como Guimel Tamuz era na verdade o “início da Gueulá”; além do fato de que ele realmente havia saído da prisão e lhe fora concedida uma sentença mais leve — o exílio — mais tarde ficou claro que seu exílio para Kastrama substituíra a pena de morte, D’us nos livre, o decreto anteriormente intencionado para ele. Isto, é claro, afetaria e ameaçaria, D’us nos livre, toda a perpetuação da propagação da Torá e do Judaísmo, e da Chassidut em particular. Em vez disso, o governo moderou sua punição e o expatriou. A tal ponto que isto finalmente causou a sua libertação total, em Yud Beit e Yud Guimel Tamuz. E por causa desse milagre, este mesmo dia foi estabelecido como “Festival da Gueulá”, para ser celebrado como tal a cada ano. Um dia de Gueulá e Júbilo — aumenta a cada ano! Sichá de Guimel Tamuz, 5745 Já
que o início da Gueulá foi em Guimel Tamuz, não se deve esperar
até Yud Beit-Yud Guimel Tamuz; ao contrário, deve-se começar a fazer
todo o serviço espiritual dos dias de Gueulá já em Guimel Tamuz. Mas,
alguém pode perguntar: Por
que querer que ele comece a se envolver em assuntos da Gueulá em Guimel
Tamuz? No primeiro Guimel Tamuz ainda não estava claro que isto
seria o início da Gueulá (mesmo para o Rebe Anterior)! Como podemos
exigir algo que ainda nem existia?... A
resposta é, como já foi mencionado: depois de ter ficado claro que Guimel
Tamuz era na verdade o início da Gueulá, este conhecimento afeta
também o passado, que ele era de modo retroativo um dia de Gueulá e júbilo,
mesmo naquele ano! E, portanto, o serviço espiritual de Guimel Tamuz a cada ano deve ser condizente ao início da Gueulá. E mais: isto deve progredir e aumentar a cada ano... Guimel
Tamuz — Uma Gueulá
Para todas as Dúvidas Sichá de Guimel Tamuz, 5748 Estas
são as instruções dos dias da Gueulá, que começa com o “início da
Gueulá”, Guimel Tamuz — “para aumentar no esforço de
difundir a Torá e fortalecer o Judaísmo”. E
isto é especialmente enfatizado nas palavras do Rebe Anterior sobre Guimel
Tamuz: “Que Hashem nosso D’us esteja conosco como Ele esteve com nossos
antepassados...” Alguém
pode ter dúvidas e perguntar: nós realmente podemos cumprir a missão de
propagar a Torá e o Judaísmo? Então
nós respondemos: Guimel Tamuz ocasiona uma Gueulá para todas as
perguntas e todas as dúvidas, etc., pois o líder da geração anunciou: “Que
Hashem nosso D’us esteja conosco...” Nós temos uma promessa clara de que
“Hashem estará conosco”; e não apenas isso, mas “Como Ele esteve com
nossos antepassados...” Portanto, nós certamente somos capazes de cumprir a Shelichut
de forma correta e bem-sucedida. A questão depende inteiramente da vontade de
cada pessoa... A
Gueulá precisa vir imediatamente, especialmente depois de terem se
passado todos os prazos finais para a Gueulá, e nós termos terminado
todo o serviço espiritual, inclusive o de “polir os botões...” E que seja a vontade de Hashem, de que ao se falar sobre a Gueulá, particularmente nestes dias de Gueulá que começam em Guimel Tamuz, nós tenhamos o mérito de entrarmos diretamente na verdadeira e completa Gueulá que vem através de Mashiach Tsidkeinu, imediatamente Mamash, sem demorar nem mais um instante. Acima
de Todas as Limitações — O Mundo está pronto! Sichá de Guimel Tamuz, 5751 Contudo,
pode surgir uma dúvida: já que a Gueulá foi um milagre de D’us (e
portanto somos obrigados a “Louvar a D’us por Sua bondade e maravilhas que
Ele concede ao homem”) — por que todo o milagre não ocorreu de uma só vez?
Em vez de a Redenção se desdobrar em estágios separados, ela deveria ocorrer
toda de uma vez só. Certamente
há um bom motivo pelo qual, por Providência Divina, a Gueulá veio em
estágios — e particularmente que isto envolvia a prisão e libertação de um
líder do povo judeu e, portanto, uma Gueulá inclusive para todos os
judeus... A
resposta básica para esta questão é: a qualidade especial e fundamental do
milagre de Guimel Tamuz foi que ele afetou a ordem natural do mundo... Junto
com o fato de que o milagre de Guimel Tamuz foi totalmente sobrenatural,
acima e além dos desígnios normais da natureza, ele também afetou a natureza,
que a própria natureza na realidade “concordou” com a ocorrência do
milagre. Como é sabido, os homens responsáveis pela prisão do Rebe Anterior
no início foram os mesmos responsáveis por sua Gueulá, a ponto de eles
terem ajudado na sua libertação. E,
portanto, o milagre não ocorreu todo de uma vez, uma Gueulá completa,
mas de um modo natural, em estágios. Ela ocorreu de acordo com a “natureza”
da oposição. O próprio governo reconheceu que deveria, antes de mais nada,
anular a sentença de morte, D’us nos livre, decidir enviá-lo ao exílio e,
finalmente, libertá-lo completamente... Entretanto,
ainda podemos perguntar o seguinte, como muitos indagam: mesmo se eu realizo o
meu serviço espiritual perfeitamente, a ponto de eu atingir o nível em que
todo o meu ser está num estado de “disseminação” (o máximo estado de
anulação), como isto poderia ajudar? — pois nós somos “o menor de todos
os povos”, e estamos cercados por setenta nações, muito mais que o pequenino
“um cordeiro”, o povo judeu. Em outras palavras, o que dirá o mundo e o que
dirão as nações sobre o fato de que um judeu cumpre o seu serviço espiritual
de disseminação das fontes da Chassidut e, particularmente, em trazer a
verdadeira e completa Gueulá; eles não entendem o que isso significa?!
Na verdade, isto é um serviço espiritual muito elevado; mas precisamos — ele
argumenta — levar o mundo em consideração! E
a resposta para este argumento é: O mundo
está preparado! Quando um judeu fizer o seu serviço espiritual da maneira
adequada, acima de todas as restrições e autolimitações, e incorporar isto
no reino da natureza, ele verá como o mundo, a natureza do mundo e as nações
do mundo estão na verdade auxiliando-o em seu serviço espiritual. Mesmo no passado, quando realmente havia impedimentos e obstáculos para este serviço espiritual, um chassid não reconhecia essas limitações e, conseqüentemente, anunciava isto abertamente. Então, ainda mais agora, quando muitas dessas limitações e barreiras não mais existem (como mencionado, que mesmo naquele país — Rússia — ocorreram extraordinárias mudanças para o bem). Ao contrário — nós vemos no próprio mundo incríveis milagres e maravilhas, tornados públicos especialmente nos anos mais recentes (o “Ano dos Milagres” e o “Ano no qual Eu mostrarei maravilhas”) — já chegou a hora que mesmo que precise ser sobrenatural, superior a todas as limitações, milagres e maravilhas, incluindo os milagres e maravilhas da verdadeira e completa Gueulá — isto agora também impregna a natureza do mundo, que o próprio mundo ajuda no florescer da Gueulá. Uma
Gueulá Para Todo o Povo Judeu Sichá de Guimel Tamuz, 5718 Sobre
Guimel Tamuz — é bastante conhecido que em Guimel Tamuz eles
libertaram o Rebe Anterior da prisão e permitiram que voltasse para casa, com a
condição de que passasse três anos no exílio, em Kastrama. Várias
pessoas na ocasião ficaram em dúvida se isso era algo que trazia alegria ou não. Porém,
somente aqueles que não estavam presentes tinham essa dúvida; mas aqueles que
lá estavam e conheciam todos os detalhes não tinham absolutamente quaisquer dúvidas.
Eles sabiam que isto era a maior mudança para o bem. Em
Guimel Tamuz ele saiu da prisão para estar em seu próprio domínio,
liberdade. Ele iria agora simplesmente ser enviado para o exílio, e havia
dezenas, centenas e milhares de outras pessoas no exílio naquela época. Quanto
ao fato de o Rebe Anterior não ter estabelecido publicamente Guimel Tamuz
como um Yom Tov, como Yud Beit Tamuz: O
ponto central e a ênfase do líder de uma geração — uma alma abrangente —
é prover as almas de todos os membros de sua geração com amplo sustento
espiritual. O líder e pastor do povo judeu antepõe as necessidades de até a
mais inferior das pessoas às suas próprias, em tudo. Portanto, mesmo embora
ele tivesse sido solto de sua própria prisão e recebido a sua Gueulá particular,
já que a verdadeira gueulá para todos os seus seguidores ainda não
tinha sido alcançada, ele absolutamente não a considerou um Yom Tov.
Ele não ficava satisfeito se mesmo uma alma ainda estava ameaçada, pois aquela
alma individual é uma parte de sua própria, e uma parte essencial. Entretanto,
tudo isso envolve apenas o Rebe em seu relacionamento com os chassidim.
Mas para o próprio Rebe como um indivíduo, Guimel Tamuz foi certamente
o dia mais extraordinário de Gueulá e júbilo. Então,
até onde concerne aos chassidim, já que eles precisam se subjugar e se
conectar ao Rebe inteiramente, para o próprio Rebe também, como indivíduo...,
eles precisam celebrar Guimel Tamuz com muita alegria, pois é a Gueulá
do Rebe como indivíduo. Além
disso, para um líder, mesmo assuntos que aparentemente sejam pertinentes à sua
própria vida pessoal certamente também envolvem o seu povo. E, como tal, mesmo
Guimel Tamuz, embora tivesse sido apenas uma gueulá para um indivíduo,
mas, sutilmente, já era de fato, mesmo então, uma gueulá para todos,
que simplesmente teve de ser revelada mais tarde, em Yud Beit Tamuz. Portanto, é claro que Guimel Tamuz deve causar ainda mais alegria aos chassidim do que ao próprio Rebe... O
Terceiro de Tamuz e o Terceiro Beit HaMicdash Sichá de Guimel Tamuz, 5742 Esta
é a lição especial associada a Guimel Tamuz a cada ano, pois “Estes
dias são lembrados e revividos”, e aumenta a cada ano — uma alma judia não
é subjugada à galut, absolutamente. Portanto, “Quando se trata de
qualquer coisa ligada à nossa religião, nossa Torá, mitsvot e
costumes, não há ninguém que possa forçar sua opinião sobre nós”, etc.,
como anunciou o Rebe Anterior. E
nós merecemos o Terceiro Beit HaMicdash, que está completamente construído
em Cima. Hashem está apenas esperando pelo esforço final (seja em pensamento,
fala ou ação) que penderá a balança e trará a gueulá
instantaneamente, e o Beit HaMicdash então descerá imediatamente e aqui
será revelado, neste mundo, em Jerusalém, no Monte do Templo. E
este é o significado básico do versículo “Reviva-nos dos últimos dois
dias, e no terceiro dia erga-nos e deixe-nos viver diante de Ti”. Os “dois
últimos dias” referem-se à destruição dos dois últimos Templos, e os períodos
de galut que se seguiram. Através do serviço espiritual que conseguimos
realizar durante essas eras de galut (a galut que se seguiu à
destruição do primeiro Beit HaMicdash e a galut que se seguiu à
destruição do segundo Beit HaMicdash), nós merecemos o “terceiro dia”,
o terceiro Beit HaMicdash e a terceira gueulá, a última e eterna
gueulá — “no terceiro dia levante-nos e deixe-nos viver diante de
Ti”. O
“terceiro dia” está também associado com três caminhos gerais em kedushá,
como afirma o Pirkei Avot, no capítulo que é estudado neste Shabat (a
semana de Guimel Tamuz), o terceiro capítulo; “olhe para três
coisas”. A Mishná relata: “Olhe para três coisas e não chegará a pecar” — e o maior “pecado” de todos é o simples fato de que estamos ainda na galut (“Por causa de nossos pecados fomos exilados de nossa terra”). Assim, através de olhar as “três coisas”, o “pecado” da galut é anulado inteiramente... |