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Guimel
Tamuz Sichá de Guimel Tamuz, 5718, trazida no Sêfer HaMin’haguim Guimel
Tamuz
é o dia no qual o Rebe Anterior, Rabi Yossef Yitschak Schneersohn,
foi libertado da prisão em 5687 (1927), sob a condição de,
naquele mesmo dia, ir para a cidade de Kastrama por um período de três anos de
exílio. Enquanto ainda estava lá [na prisão], ele foi informado pelas
autoridades, no Décimo Segundo dia de Tamuz (o dia de seu aniversário), que
seria libertado e que poderia receber os documentos necessários no dia
seguinte, o Décimo Terceiro dia de Tamuz. Aparentemente,
sob vários aspectos, há mais razão para se comemorar Guimel Tamuz que Yud
Beit e Yud Guimel Tamuz. (É muito interessante [o livro] Sêder
Olam Rabá, 11 lembrar que foi no terceiro dia de Tamuz que Yehoshua [Josué]
ordenou ao Sol que não se pusesse em Guivon. A semelhança entre este evento e
a libertação do meu sogro está explicada extensamente numa sichá
de Shabat Parashat Korach, 5718.).
Afinal de contas, sua liberação em 12 e 13 de Tamuz foi uma libertação do exílio,
e o contraste entre exílio e liberdade não pode ser comparado com o contraste
entre prisão e liberdade (mesmo liberdade dentro do exílio); pois um
prisioneiro não possui autonomia; todas as suas ações são ditadas pelas
autoridades. (Especialmente no caso do Rebe Anterior, que antes estava sob uma
sentença de morte que poderia ser reaplicada enquanto estivesse preso.) O
fato de que (apesar do que foi dito acima) o Rebe Anterior não instituiu Guimel
Tamuz como um dia de celebração, mas apenas Yud Beit e Yud
Guimel Tamuz, poderia ser explicado da seguinte forma: no caso de um líder
espiritual (nassi) e pastor de Israel,
sua inteira razão de ser é promover o bem-estar de seus contemporâneos e guiá-los.
(Seus assuntos particulares são incomparavelmente menos importante para ele.)
É verdade que durante os (dez) dias que esteve em Kastrama ele fez muito para
sustentar a observância do judaísmo lá. Realmente, mesmo antes de ali chegar
ele enviou um dos seus chassidim para
‘preparar casas de estudo em Goshen’ [cf. Rashi em Bereshit 46:28]; ele fundou um chêder
onde jovens meninos estudavam Torá; o micvê
local foi preparado para uso geral; e assim por diante. Mesmo assim, já que no
exílio seus meios para beneficiar e guiar seus contemporâneos estavam
extremamente restritos, ele não instituiu Guimel Tamuz como um Yom
Tov. Talvez
se possa explicar esta decisão à luz da lei do Alter Rebe em Bircat
HaNehenin 13:5: ‘Não se recita a bênção [de HaGomel
em agradecimento por ter sido salvo de circunstâncias perigosas] até o perigo
ter passado totalmente’. Este princípio não seria aplicado plenamente neste
caso, já que esta bênção não pode ser recitada duas vezes, ao passo que em
nosso caso (ambas as ocasiões poderiam ser comemoradas). Seja como for, não há
espaço para elaborarmos mais sobre o assunto. Na
verdade, porém, a ligação de almas entre chassidim e Rebe, a hitkashrut
entre chassidim e nassí,
deveria uni-los em cada componente de sua vida — e ainda mais no caso de uma neshamá
klalit, uma ‘alma abrangente’, seus assuntos ‘particulares’ são
também relevantes para todo Israel. Conseqüentemente, parece-me que [além de Yud
Beit e Yud Guimel Tamuz], os chassidim
deveriam celebrar também Guimel Tamuz.” Veja trechos de sichot do Rebe Shlita MH"M sobre Guimel Tamuz
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