Home | Editoriais | Matérias | Opinião | Histórias | Links | Expediente |
Os Chassidim Nunca Estão Sozinhos NOVA YORK (EUA) RabinoShalom Mendel Simpson,Secretário do Lubavitcher Rebe Shlita, MH”M e membro do Merkoz Le’Inyonei Chinuch. Pot’chim
Bidvar Malchut: O Hayom Yom de
Beit Tamuz nos instrui, por hashgachá pratit, a recitarmos a
frase “Hareini Mekabel”,
que exprime a obrigação de todo Yid de amar seu próximo como a si
mesmo. Esta frase é o portal através do qual nossas preces são aceitas. Em
outras palavras, a mitsvá de Ahavat Yisrael é o meio pelo qual
um Yid se posta diante de seu Criador e o mérito mediante o qual suas
orações são aceitas. Visto
estarmos a vinte e quatro horas do sagrado e temível dia de Guimel Tamuz,
é agora o tempo propício para nos fortalecermos quanto a este assunto.
Seguramente isto fará com que se concretize a revelação do Nassi Hador,
que nos redimirá desta escura e amarga galut, que se torna cada vez mais
amarga a cada dia que passa. Nosso desejo é que sejamos imediatamente
redimidos, ainda antes da oração de Shacharit de Beit Tamuz. Pediram-me
que discorresse sobre o conceito segundo o qual os chassidim nunca estão
sozinhos. Este dito tem sido repetido numerosas vezes e data do tempo do Alter
Rebe. Deveríamos continuamente compreender e sentir que o Rebe sempre está
conosco, onde quer que estejamos. O
Hayom Yom cita uma das cartas do Rebe Anterior relativa a um determinado fabrenguen
chassídico, que teve lugar no tempo do Alter Rebe. Os participantes eram chassidei
Chabad que, ainda que não pertencentes à linhagem de Lubavitch, tornaram-se
inspirados pelos ensinamentos do Alter Rebe. A discussão, naquela ocasião,
centrou-se no chidush que o Alter Rebe inovara com a introdução da Chassidut.
Sua principal inovação estava, seguramente, não nas áreas de Limud HaTorá
ou Avodá, visto que estes aspectos já estavam amplamente presentes.
Concluíram eles que o Alter Rebe apresentara a Divina inovação de que os chassidim
nunca estão sós. Escreve
o Rebe Anterior: Certa época, os Roshei Yeshivot eram separados de seus talmidim.
A Chassidut fez a inovação de que os chassidim não estão
sozinhos e que o Rebe não está sozinho. Se
esta afirmação se aplica a um chassid comum, tanto mais ela se aplica
aos shluchim do Rebe. O
Rebe escreve a um shaliach no Marrocos que se queixava de que estava se
sentindo sozinho e separado do Rebe. O Rebe ressaltou que, com certeza, esta era
uma artimanha do yêtser hará que quer enfraquecer a sua shlichut.
“Saiba que este é um dito dos tempos do Alter Rebe: que os chassidim
nunca estão sozinhos e onde quer que eles estejam, o Rebe está com eles”,
explicou o Rebe. Quando
tiver uma oportunidade, leia o Igrot Kodesh do Rebe. O Rebe já tinha
previsto tudo quando nos disse, em 5748 e 5749, para publicarmos seu Igrot
Kodesh. Sabia o Rebe que haveria um período difícil no qual os chassidim
bradariam: “Ainda não fomos redimidos!” Passaram-se dois anos e ainda não
fomos salvos e, mais uma vez, já é quase Guimel Tamuz: grande é
a dor. Escreve
o Rebe que “uma ação é superior a mil suspiros”. Suspiros e brados são
ineficazes. A importância reside na ação. Isto é especificamente verdadeiro
nos tempos atuais, quando o Rebe nos informou que completou-se a shlichut;
o que resta é causar a revelação de Mélech HaMashiach. Sei
que há muitos shluchim em lugares distantes que têm receio de dizer o
que o Rebe nos ordenou. É preciso que se saiba que não somos nós que dizemos
isto; nós sabemos que é o que o Rebe — Nassí Hador — diz. Assim
como antes de Guimel Tamuz não havia hesitação quanto a
“dizer ou não dizer”, semelhantemente, hoje não estamos sozinhos. Não
deixaremos nos influenciar; nossa missão e meta é realizarmos o que o Rebe nos
ordenou e não adiarmos sua implementação para outro momento. “Os
chassidim nunca estão sozinhos!” Fomos nós que ouvimos as palavras do
Rebe. Ademais, não é suficiente que somente nós as ouçamos e as
compreendamos; somos obrigados a expor ao mundo que “Hine, Hine Mashiach Bá”
e que estamos aguardando a hitgalut de Mélech HaMashiach. Sinto
ser necessário repetir a interpretação chassídica que disse no último
Shabat, no Shul. A Mishná do terceiro capítulo do Pirkei Avot
afirma: “Quem fica acordado à noite ou viaja sozinho pela estrada, e volta
seu coração para a indolência, realmente, põe em risco sua vida”. À
noite — laila — representa a depravação espiritual da Galut.
“Eu durmo na Galut”, como relata o Midrash. Mas o Rebe não permite
que os seus chassidim durmam. Nós merecemos receber numerosas missões
para cumprir e metas a realizar. Fez o Rebe com que estivéssemos entre os que
estão despertos na Galut. Estamos acordados nesta noite representando a Galut,
pois ouvimos do Rebe o que cabe a nós realizar. A
Mishná continua com as palavras “Hamehalêch yechidí badérech”, em
vez de “Badérech yechidí”. Parece-me
que é claro o significado destas palavras: um chassid caminha pelo
caminho do Rei, pois ele crê com fé completa e inabalável que “Hine Zé
Mashiach Bá”; no entanto, ele pode, talvez, caminhar sozinho: ele não
partilha sua mensagem com os outros; acordado, ele não proclama “Yiden,
por que vocês esperam pelo amanhã ou pelo dia seguinte? Não estão vendo que Mashiach
Bá?”. Conclui
a Mishná: “e volta seu coração para a indolência”. Ele tem um caloroso
coração chassídico, mas guarda-o dentro de si mesmo, não o compartilha com o
mundo. Devemos
nos lembrar disto e não permitir que os obstáculos nos afetem. Vamos pôr em
prática o primeiro Siman de Shulchan Aruch que nos diz que não
devemos nos envergonhar diante daqueles que caçoam de nós. Precisamos
proclamar a mensagem do Rebe de tal maneira que ela seja internalizada, além de
ser ouvida. Vamos romper as muralhas da Galut o tempo todo e proclamar juntos, em Beit Tamuz: Yechi Adoneinu Moreinu VeRabeinu Mélech HaMashiach Leolam Vaed, de forma que em Guimel Tamuz já estejamos com nosso Nassí Hador em Érets Yisrael, Bi’Gueulá Haamitit VeHashleimá. Yechi Adoneinu Moreinu VeRabeinu Mélech HaMashiach Leolam Vaed.
|