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PRESUMÍVEL MASHIACH DE NOSSA GERAÇÃO

Em mensagens anteriores, estabelecemos, baseados nos ensinamentos de nossos sábios, diversos fatos sobre Mashiach:

Primeiro, Mashiach é um ser humano.

Segundo, Mashiach pode vir a qualquer momento.

Terceiro, ao longo da história, os judeus, tanto os líderes como os leigos, fizeram especulações sobre sua identidade.

Quarto, toda geração tem um Mashiach em potencial, que pode emergir, se as condições forem as certas e ele atender às qualificações, como o Mashiach presumível. Isto é, o Mashiach em potencial se tornará o Mashiach definitivo, uma vez tendo ele começado a preencher os requisitos.

Assim sendo, há três estágios para Mashiach: o estágio potencial, no qual Mashiach permanece, em grande parte, desconhecido; o estágio presumido, baseado em realizações reconhecíveis; o estágio definitivo, quando, depois de o Templo ter sido reconstruído e de terem sido reunidos os dispersos remanescentes de Israel, poderemos definitivamente identificar Mashiach e que a Redenção começou.

Dado que, como discutimos anteriormente, todos os pré-requisitos foram atendidos e dado que estamos à beira da era Messiânica, deveríamos estar, por conseguinte, no estágio do presumível Mashiach.

Dados estes fatos da história judaica e estas decisões da Lei Judaica, é o caso de se perguntar, naturalmente, quem podemos presumir o Mashiach de nossa geração, em função de sua erudição e de seu exemplo?

Naturalmente, precisamos encarar a pergunta objetivamente, sem paixão e sem partidarismos. Somente depois de termos comparado, com mente aberta, os critérios estabelecidos e aceitos com as realizações do Mashiach em potencial, poderemos decidir se ele se tornou o Mashiach presumível. Ao decidir, devemos nos lembrar de que identificamos o presumível Mashiach num ponto anterior no processo de atendimento das exigências. E se determinarmos que uma pessoa preenche todos os requisitos, que verdadeiramente podemos assumir ser ele Mashiach, então entusiasticamente deveremos fazer tudo o que pudermos para concretizar a Redenção final.

Centenas de milhares de judeus — e não-judeus — no mundo todo concluíram que o Rebe de Lubavitch, Rabi Menachem Mendel Schneerson, é o que melhor se qualifica como o presumível Mashiach de nossa geração. Esta crença se baseia tão-somente em ensinamentos encontrados na Torá e no Talmud e nos critérios enumerados por Maimônides em seu código legal, Mishnê Torá.

Por que tantos optaram por ver o Rebe de Lubavitch como o presumível Mashiach de nossa geração? Em que se basearam?

Recordemos os requisitos delineados por Maimônides:

Um, ele precisa ser da Casa de David. A linhagem do Rebe de Lubavitch pode ser retraçada até a Casa de David de várias maneiras, incluindo o erudito do século 16 e líder, o Maharal de Praga, do qual se comprovou ser descendente do Rei David.

Dois, ele precisa ser um exímio conhecedor e plenamente observante de todos os aspectos da Torá e da Lei Judaica: já foram publicados mais de cento e cinqüenta volumes dos discursos e comentários do Rebe de Lubavitch, cobrindo o espectro total dos assuntos da Torá da maneira a mais penetrante. Das minúcias do Talmud inteiro até a aplicação prática da Lei Judaica, dos mistérios da Cabalá até a compreensão direta e simples do texto bíblico, das profundezas da filosofia clássica judaica e da filosofia chassídica até a sutil análise do Código de Lei de Maimônides, os trabalhos do Rebe abordam todas as áreas do conhecimento judaico.

Mais impressionante, talvez, é sua ampla correspondência. Vinte e três volumes, de uma série projetada para ter quarenta, já foram impressos, registrando sua correspondência com distintos eruditos da nossa época, assim como as suas respostas a milhares de perguntas sobre temas legais, filosóficos e pessoais formuladas por judeus de todos os estilos de vida. Tudo isso aponta para o domínio profundo e enciclopédico que o Rebe tem sobre todas as áreas do conhecimento judaico.

Aquilo, porém, que assume características praticamente únicas nos anais da erudição judaica, é a insistência do Rebe de que mesmo a mais esotérica e teórica discussão de um tópico da Torá precisa ser traduzida na vida diária. O total inter-relacionamento entre aprendizagem e prática é o marco da grande contribuição do Rebe para o Judaísmo.

Na próxima mensagem discutiremos a terceira e, talvez, mais importante, qualificação: a liderança do Rebe por mais de quarenta anos.