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We Want Mashiach Now!

Ad Matai!

Por que Reb Bentsion Shemtov se Regozijou

KFAR CHABAD (ISRAEL) — Rabino Levi Yitzchak Ginsberg.

Uma vez, quando ainda havia debates sobre se se devia ou não
solicitar ao Rebe que aceitasse publicamente o reinado de Melech
HaMashiach, o mashpia Reb Mendel Futerfas, a”h, relatou a seguinte
história:

Aos 70 anos do Rebe, houve um hit’orerut (inspiração e excitamento) geral entre Anash. Este sentimento foi expresso não só como uma it’aruta dele’tata (uma inspiração vinda “de baixo”), pois houve também uma it’aruta dele’ela (uma inspiração vinda “de cima”). Isto é, o próprio Rebe solicitou que fossem estabelecidas 71 novas instituições como um presente quando ele iniciava seu 71o ano. Foi formado um comitê especial chamado de Vaad 71 Mosdot, e todas as idéias e sugestões para mosdot foram encaminhadas a esse comitê.

Naquela ocasião, continuou Reb Mendel, recebi uma petição anônima de dois mosdot adicionais. A primeira sugestão era criar um fundo para pessoas de Anash que quisessem viajar para ver o Rebe, mas não podiam arcar com as despesas. Contribuindo para esse fundo, os doadores teriam o grande zechut de partilharem desta viagem até o Rebe, como explica o Rebe em cartas sobre aqueles que queriam participar de rifas para viagens até o Rebe.

A segunda sugestão era imprimir a Mitsvá de Designar um Rei no Sêfer HaMitsvot (Derech Mitsvotecha) do Tsemach Tsedec, e que todos do Anash deveriam estudá-la para Yud-Alef Nissan. A razão subjacente à sugestão, lógico, se devia ao fato de todos estarmos aguardando ansiosamente o momento em que poderíamos cumprir a mitsvá de designarmos um rei, recebendo sobre nós a soberania do Rebe MH”H. E certamente estudar a respeito disto, em especial para Yud-Alef Nissan, causaria uma impressão Acima, e redundaria numa situação em que realmente seríamos capazes de cumprir a mitsvá.

Como eu disse, as sugestões foram escritas anonimamente, e me foram dadas para que as passasse ao Vaad de forma que não saberiam qual a origem das sugestões. No entanto, a despeito do fato de que a pessoa nem mesmo chegou ela mesma a redigi-las, de forma que o manuscrito não poderia ser identificado, rapidamente tornou-se claro que quem estava por trás das petições não era outra pessoa senão meu cunhado, Reb  Bentsion Shemtov, a’h.

A segunda sugestão era especialmente atraente, e o Vaad estava pronto para implementá-la, mas no último momento decidiram pedir a aprovação do Rebe.

A resposta veio com rapidez e rudemente: “Obviamente, de forma alguma a ocasião é adequada para isto”. E o Rebe acrescentou algumas palavras ásperas (sublinhadas algumas vezes) dizendo que o Vaad deveria repreender fortemente quem tinha dado a sugestão, e que deveria informar imediatamente, por telefone, sobre a rejeição de tais idéias.

Relatando tudo isto, ressaltou Reb Mendel que, falando de um modo geral, o fato inteiro era mantido em segredo, e que fora somente pelo fato de a sugestão ter vindo por meu intermédio, que eu tinha de ouvir a resposta de forma que eu pudesse achar quem a perpetrara e repreendê-lo.

Quando Reb Bentsion viu a resposta, na verdade ele ficou muito feliz. As pessoas ficaram estupefatas. Por que é que ele estava tão feliz quando o próprio Rebe dissera que criticassem aquele que tinha dado a sugestão?!

“Vocês não compreenderam”, disse Reb Bentsion. “Em primeiro lugar, o Rebe escreveu que agora não é o momento adequado para isto. Isto prova que no futuro haverá um tempo quando isto será adequado!

“O que vocês pensam, kinderlach, que o Rebe simplesmente se limitará a dizer ‘Obrigado pela sugestão’?! Diz-se em Chassidut que um rei é designado quando o povo pede e lhe implora que seja rei, e não obstante ele não aceita. Assim, o povo pede-lhe isto repetidas vezes até que ele acaba aceitando.

“Vimos isso com a aceitação pelo Rebe da liderança em 5710. Pediram-lhe e suplicaram-lhe, mas mesmo assim o Rebe recusou firmemente, negando a própria sugestão de tal coisa, deixando bem claro que a liderança era algo totalmente impróprio para ele.

“E vocês não podem alegar que em 5710 o Rebe não tinha a intenção de afirmar o que disse! Disse-o com sinceridade, mas é assim que as coisas funcionam. Precisa provir do povo, das pessoas que estão muito distantes do nível do rei. O povo precisa pedir e implorar incessantemente, mesmo após ter recebido uma recusa. Desta maneira, eles despertam o desejo de governar, desejo que está profundamente enterrado e que precisa ser revelado.

“Assim, apesar do fato de termos conseguido o que queríamos, temos de nos contentar com cada brecha na muralha da recusa! Certamente virá o tempo em que o desejo de governar se manifestará abertamente, e que prazerosamente aceitaremos seu mandato”.

Acrescentou Reb Mendel: Vemos que certas coisas precisam vir lá de baixo. Os Rebeim podem de início recusar, e só posteriormente é que eles dão uma espécie de indicação, que os chassidim (sendo espertos) captarão. Assim, precisamos estar atentos a qualquer indício de revelação que possamos ter, e tentar repetidas vezes até que funcione.

Pode às vezes acontecer que os chassidim “venham a explodir”, o que acontece quando os chassidim formulam ao Rebe perguntas tais como “quem diz” ou “talvez não”, e coisas do gênero. Pode acontecer que estas perguntas façam as coisas se arrastarem mais ainda, ch’v.

Vocês conhecem a história, prosseguiu Reb Mendel, sobre o grande chassid — “sei quem é mas não quero dizer seu nome — que se dirigiu ao Rebe Rashab e lhe perguntou o que fazer a respeito do zman tefilá (o tempo correto para daven) — afinal de contas, diz no Shulchan Aruch... (referindo-se à questão de os chassidim rezarem após o tempo estabelecido a fim de se prepararem adequadamente para o davening, algo que os mitnagdim consideravam um exemplo de os chassidim não aderirem à halachá). O Rebe lhe disse que certamente ele deveria se conduzir de acordo com o Shulchan Aruch e que lhe era proibido rezar mais tarde do que o zman tefilá.

Isto é o que lhe foi dito, apesar de todas as cartas e explicações sobre o assunto dadas pelos Rebeim. Mas desde que ele fez a pergunta de uma maneira hesitante, foi esta a resposta que recebeu — sua perda.

E depois há a história sobre o Benedictine que durante anos o Rebe usava nos farbrenguens, e mesmo dizia o quanto os Rebeim usavam-no e apreciavam-no. Mas a partir do momento em que alguns rapazes espertos formularam perguntas haláchicas sobre o assunto, o Rebe disse que este mashke não mais deveria ser usado em farbrenguens.

Os chassidim têm um dito sobre situações como esta, empregado numerosas vezes no Igrot Kodesh: “Azoi vi m’fregt — azoi entfert men” (do jeito que você fizer a pergunta, você terá a respota). Noutras palavras, se alguém deliberadamente quer se afastar da Torá e da Chassidut, o Rebe lhe dá espaço para assim fazer — “na trilha em que uma pessoa deseja caminhar, ela será conduzida”. Reciprocamente, querer fazer mais do que é ordenado recebe um tratamento diferente, visto que estas coisas precisam provir da própria pessoa.

Mencionemos aqui a bem-conhecida resposta que o Rebe escreveu no verão de 5751 (a Shmuel Shmueli, editor de “Yisrael Shelanu”), resposta essa dada após o Rebe ter encorajado publicamente e vigorosamente a proclamação de “Yechi” no Shabat (o que também pode ser visto em vídeo, no domingo, 15 de Iyar): “Visto ter surgido nova oposição a este assunto, precisamos parar sua divulgação durante algum tempo.”

Existem aqueles que dizem que a “nova oposição” foi a razão pela qual as sichot apareceram para ocasionar um ligeiro desvio de ênfase com relação ao tópico de Mashiach, depois de Shabat Parashat Emor, 5751. Foi somente umas poucas semanas depois, em Parashat Nassó, que o tema de Mashiach e o da Redenção foram enfatizados novamente.

Houve também a diretriz para Anash de Érets Yisrael naquela ocasião referente às paradas de Lag Baômer, para retirar os cartazes de “We Want Mashiach Now”, e a declaração de que não tiraríamos conclusões do encorajamento de uma canção — “não desta ou daquela maneira”...

Isto assim foi apesar do fato de que ao mesmo tempo, de bom grado o Rebe aceitou — e expressou grande prazer nisto — o psak din (julgamento) dos rabanim que dizia de forma inequívoca que o Rebe é Mashiach (não meramente “bechezkat shehú Mashiach”), e que ele deveria ser revelado e redimir imediatamente o povo judeu, porque o tempo da Redenção já tinha chegado.

E sabemos que após o psak din ter se tornado público, os rabinos David Nachshon e Avi Taub foram aos tsiyunim [túmulos] dos Rebeim na Rússia e Ucrânia para lê-lo e depois leram-no em Chevron e Tsefat, entre outros lugares. Isto fizeram com explícitas instruções do Rebe, que incluíam respostas escritas e orais exprimindo o grande prazer do Rebe pela missão deles.

* * *

Quando praticamente não há diretivas ou sugestões e parece que o Não não pode ser negociado, precisamos permanecer obstinados e insistir, e mesmo “entregar a própria alma e nos arriscarmos a ser censurados” (como muitas vezes o Rebe escreve). Muito mais ainda depois que o Rebe nos disse explicitamente que declarar “yechi hamelech” aumenta a vida do rei, e que o benefício de dizer “ad matai” consiste, fundamentalmente, no fato de incluir “yechi hamelech”.

Não parou aí o Rebe; ele acrescentou que a proclamação de “yechi hamelech” deve ser feita com alegria e entusiasmo!

Precisamos certamente “agarrar” e nos aproveitarmos do que o Rebe disse, e precisamos perceber que de agora em diante a proclamação principal é “yechi hamelech”. Mas nós precisamos dizer isto, e não precisamos esperar que nos digam repetidas vezes isto.

Tudo isto se acrescenta ao incrível apoio aos piskei din que estabeleceram o Rebe como MH”M; a sichá sobre “Yechi adoni haMelech David leolam” (Toldot 5752), e o tópico da “revelação da essência da existência de Mashiach”; a aceitação do pandeiro que tinha “Yechi” escrito nele; o encorajamento escrito e oral dos Melave Malkas das mulheres, nos quais se pediram ao Rebe que viesse e redimisse-nos agora; e depois, naturalmente, o ano e meio no qual o Rebe encorajou-nos a cantar “Yechi” diante do mundo todo, via satélite, em Yud Shevat, 5753.

Quando nos damos conta de que é isto que acrescenta vida ao rei e leva à sua revelação, e que isto deve ser o centro de nossas vidas, percebemos quão importante é que “Yechi” seja visto e ouvido por toda parte.

Tudo que temos é a “única avodá remanescente”, e precisamos ter certeza de que não nos desviamos o mínimo que seja dela. O principal é de imediato vermos o Rebe em sua revelação como Melech HaMashiach, quando todos nos uniremos e felizes proclamaremos:

Yechi Adoneinu Moreinu VeRabeinu Mélech HaMashiach Leolam Vaed!

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